Cultura - 12/05/2011 |
Em 1998 surgiram os primeiros players portáteis de MP3, usando memória flash. Neste mesmo ano foi sancionada a lei de direitos autorais, que claro, não levava em conta novas formas de mídias de comunicação. Hoje temos no mercado até MP10, com muito mais funções, mas a lei continua a mesma. Ela não acompanhou os avanços comunicacionais. Ao produzir um de seus filmes, "Mais um Dia" – patrocinado pela Faculdade onde estudou -, Nathália optou por usar trilha sonora própria. “Assim me englobo em outra categoria relacionada a direitos”, justifica. Nos demais filmes sem fins lucrativos que fez, ela preferiu produzir também a trilha sonora. “Se o idealizador não seguir as regras de reprodução a risca, ele inviabiliza seu trabalho. Pode ter problemas. Por isso prefiro fazer assim”, explica. A cineasta tem a sorte de ser casada com um sound designer. Quem não tem este privilégio, tem que arcar com custos mesmo que o produto que desenvolva não tenha fins comerciais. Mas isso pode mudar. “As exibições musicais e audiovisuais sem intuito de lucro também estão permitidas pela proposta de lei apresentada, desde que, porém, estejam enquadradas numa série de hipóteses bastante restritas como, por exemplo, o uso em estabelecimentos de ensino. Melhor seria que as exibições sem fins lucrativos fossem sempre permitidas, pois não há sentido, por exemplo, em se cobrar pela exibição de um filme numa associação de bairro, já que lá ele cumprirá a mesma função educacional que em um estabelecimento de ensino formal. Da mesma forma, a exibição musical, ainda que em praça pública, quando sem fins lucrativos, atende a inequívoco fim cultural e, portanto, não deveria estar limitada pela cobrança de direitos autorais”, explica Túlio Vianna. Consulta Pública “A indústria cultural está unida em torno da manutenção de seus interesses econômicos. É preciso que a sociedade civil e os interessados em geral se organizem em torno de propostas que ampliem as possibilidades de usos não onerosos de obras intelectuais protegidas. Não se pode admitir que uma lei concebida para estimular a criatividade seja a grande responsável pela limitação da produção e da divulgação da cultura nacional. Há que se proteger, sim, os direitos dos autores, mas é preciso conciliá-los com o justo interesse da população em geral de copiar obras livremente para uso pessoal, quando o fizer sem fins lucrativos”, finaliza Vianna. |
Aqui você pode vivenciar comigo as experiências que tenho vivido em cada um dos meus trabalhos, quer seja no cinema, no teatro e etc.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Quem fiscaliza o Ecad?
Concedi uma entrevista a jornalista Cecília Oliveira para uma série de matérias a serem feitas pelo Observatório de Favelas - RJ, a respeito dos Direitos Autorais, intitulada: "A gente não quer só comida" e gostaria de compartilhar pelo meu blog também, tamanha a relevancia do tema para a classe artística.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Paula Frascari comenta seu trabalho e personagem em MAIS UM DIA
É com muito prazer que publico este post.
A nossa querida atriz Paula Frascari, que viveu a Sônia em Mais um Dia deixa para todos os leitores e seguidores do blog seu depoimento sobre a construção da sua personagem no curta.
Não deixem de ler, assim como a Paulinha, seu texto é envolvente.
Muitas vezes eu mesma me perguntei se ser atriz, era necessário ter dom. Talvez o talento, não seja o principal, mas certamente a vontade de interpretar é o que importa. A carreira do ator é linda porém árdua. É um exercício que exige disciplina, estudo e perseverança. Nunca pensei que fosse chegar tão rápido a minha vez de interpretar um personagem tão sofrido. E quer um segredo? Pra mim, de todos os personagens que passaram nesses 7 anos de carreira, Sônia foi a melhor, porque foi a mais difícil.
Assim que recebi o roteiro do curta Mais um dia, me emocionei com a delicadeza que a diretora colocou no papél um drama, cujo muitos diretores não expõe dessa maneira tão sensível.
Sabia que ia ser um desafio interpretar SÔNIA. Passar toda aquela tristeza, angústia e dor não foi tarefa fácil, mas foi o primeiro trabalho que me deu essa bagagem emocional para quebrar a cabeça e construir. Exigiu muita concentração. Tive a ajuda do coach Rafael, que fez um laboratório comigo antes das filmagens. Foi com ele que entrei lá no fundo do poço de mim mesma, agradeço muito a ele por isso, por ter me provocado e feito uma espécie de lavagem cerebral, rs. Através disso consegui me afundar no drama psicologico que minha personagem enfrentava, exemplo, a dor de ser espancada pelo marido. Ele foi um psicólogo, torturador, e compartilhou todos os sentimentos de raiva acumulados. Uma diretora de cena, também estava lá alguns dias e me deu algumas dicas.
Durante as filmagens, optei por algumas manias que inventei para dar mais vida:
1- Dormi no set todos os dias para me ambientar de corpo e alma a Sônia.
2- Minha loucura chegou a tanta que não tirei o figurino por nada, apenas para tomar banho.
3- Preferi andar descalça para me sentir suja e humilhada.
4- Não deixava nem a maquiadora limpar os hematomas falsos que estavam pelo meu corpo.
5- Deixei a minha mão amarrada bem forte com a atadura na mão para realmente me dar a sensação de incomodo e dor, já que Sônia tinha também uma queimadura enfaixada.
6- Evitava fazer parte dos momentos de descontração para não perder o foco, já que Sônia vivia triste.
7- Fiquei muito grudada com o ator que fez meu filho (Ricardo Nunes), procurava sempre estar com ele, abraca-lo bastante, e dar muito carinho.
8- Antes de rodar, eu sentava no chão e chorava horas, como era película, não podia parar, então me concentrava mais ainda nos minutos antes do: "gravando"
9- Evitava ficar perto do ator que fazia meu marido (Roberto Assys), e sempre que ele se aproximava abaixava a cabeça. Não olhava ele nos olhos.
10- Pedi para o coach me dar algumas sacodidas quando estava já caída, porque ali seria o drama principal, aonde nem na maior humilhação eu ia conseguir ter forças para me levantar. E sempre quando acabava as cenas, ele vinha com um abraço caloroso e um silêncio que só nós dois entendíamos.
Gostaria de agradecer: a toda equipe por ter respeitado todas as minhas manias, e ter me recebido de forma tão amável, aos meus talentosos parceiros de cena, e a minha diretora querida por ter me escolhido e me dado um presente que guardarei para sempre.
Por: Paula Frascari
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Escolhemos o roteiro - Vivência Cinematográfica
No último sábado, aconteceu a aula de Roteiro II no curso de Vivência Cinematográfica. Como eu já havia compartilhado aqui no blog, nos baseamos no filme e no roteiro de Cidade de Deus para entender as técnicas para formatação de roteiro de cinema.
A aula foi bastante dinamica e conseguimos finalmente acabar com a curiosidade que nos cercava a respeito de qual será o roteiro produzido como prática do curso. O escolhido foi "Severino quer gravar", roteiro de Jetro Castro.
Depois de definirmos o roteiro que será produzida nos empenhamos em enriquecer esta divertida estória, por isso, os alunos do curso que colaboraram na criação entrarão como co-roteiristas do curta. Tudo isso será oficializado na próxima semana quando o roteiro for registardo.
Em breve, um post com a sinopse e o andamento de "Severino quer gravar".
A aula foi bastante dinamica e conseguimos finalmente acabar com a curiosidade que nos cercava a respeito de qual será o roteiro produzido como prática do curso. O escolhido foi "Severino quer gravar", roteiro de Jetro Castro.
Depois de definirmos o roteiro que será produzida nos empenhamos em enriquecer esta divertida estória, por isso, os alunos do curso que colaboraram na criação entrarão como co-roteiristas do curta. Tudo isso será oficializado na próxima semana quando o roteiro for registardo.
Em breve, um post com a sinopse e o andamento de "Severino quer gravar".
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